Contra a Venezuela a Seleção Brasileira até criou oportunidades, mas exagerou nas jogadas individuais. Passou quase o jogo todo atacando pelo lado esquerdo, mas sem qualquer objetividade. Um pouco pelo estilo Fernando Diniz, mas muito mais pelo perfil dos jogadores. Vini Jr e Neymar precisam ter um jogo mais coletivo e, acima de tudo, o time precisa arriscar mais, especialmente em chutes de fora da área. Menos preciosismo e mais objetividade.
É verdade que nos últimos anos os confrontos contra a Venezuela apresentam outro nível de dificuldade. Nas Eliminatórias de 2021, no Morumbi, o Brasil sofreu para fazer 1 a 0. Há um claro desequilíbrio no jeito de jogar do Brasil. O time pouco ataca pelo lado direito e insiste em jogadas pela esquerda. A Venezeula congestionou a frente da área e impediu a vitória brasileira. O gol só saiu na bola parada, após cobrança de escanteio.
O Brasil carece de um camisa nove. Não que seja necessário para vencer adversários sul-americanos, mas para ter um repertório maior. O empate contra os venezuelanos deixa ensinamentos. O Brasil precisa reconhecer o mérito do adversário e, acima de tudo, reconhecer os próprios erros. Precisa ser mais equilibrado para atacar e objetivo para definir.
Aliás, para avaliação e continuidade do trabalho, um tropeço assim pode até ser bom. Eles costumam mostrar as fragilidades do time de uma maneira mais clara. O grande teste brasileiro está marcado para a próxima terça-feira (17(, contra o Uruguai, em Montevidéu.