Que chegou a hora de ouvir vozes até então silenciadas, não há dúvidas. Mas o legal, para quem gosta de música boa, é perceber que esse movimento abriu janelas importantes para artistas de qualidade, criativos, divertidos, talentosos. Tipo Negra Jaque.
A rapper gaúcha, nascida Jaqueline Trindade Pereira, lança neste sábado seu segundo álbum, sob o título Deus que Dança. Com letras que falam sobre as lutas femininas, as bandeiras negras e as dificuldades de quem nasceu pobre, as faixas têm produção dividida entre profissionais brasileiros e africanos.
Jaque vem se destacando há pelo menos cinco anos no cenário gaúcho. Em 2013, foi a primeira mulher a vencer a Batalha do Mercado, tradicional evento de hip-hop de Porto Alegre. Com a premiação, gravou seu primeiro EP, que ganhou o sugestivo e forte título de Sou. Sua atuação como artista se confunde com a de ativista e produtora cultural – há cinco anos, Jaque produz a Feira de Hip-Hop de POA.
Nesta sexta-feira, a rapper, moradora do Morro da Cruz, vai ao bairro vizinho do Partenon para promover o lançamento do novo trabalho a céu aberto, na rua, em frente à praça. O endereço do evento é Rua Diretriz, 3.728. O show começa às 20h e é gratuito. Deus que Dança deve estar disponível em formato físico a partir deste fim de semana e nas plataformas digitais nos próximos dias.
