2024 tem se mostrado o ano mais desafiador da história para os gaúchos. O nosso povo foi submetido a fúria cruel das águas, na enchente sem precedentes. Vidas foram levadas. Famílias perderam absolutamente tudo. Cidades acabaram devastadas. Como nunca, a tragédia bateu na nossa porta. O caos avassalador, em muitos casos, nos fará começar do zero.
Da mesma maneira, nunca se viu uma onda de solidariedade tão gigante vinda dos quatro cantos do Brasil. Sejam dos incansáveis voluntários, dos órgãos governamentais ou dos agentes de saúde, policiais, bombeiros e militares. Todos imbuídos do mesmo objetivo de salvar vidas. A segunda etapa da retomada é limpar os estragos causados pela enchente. Ainda há muito trabalho braçal a fazer. Há entulhos por toda a parte.
Já as autoridades responsáveis por não terem adotado as medidas necessárias para evitar o pior não devem escapar o foco da cobrança rigorosa. Estarão na mira. Só que agora é preciso arregaçar as mangas. É hora de encontrar soluções. Abusar da criatividade. Reconstruir o que foi destruído. Sem bairrismo, as empresas locais necessitam de ajuda do consumidor em todas as áreas da economia. Temos que encontrar um ponto em que uma mínima normalidade seja atingida para começar a superar o pior momento da nossa existência.
Mas tudo passa na vida. Como diz um velho provérbio, “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe...”. Precisamos de resiliência. Força. Foco. Fé. E que as façanhas citadas no nosso hino, sirvam na prática de modelo a toda a terra, evidenciando um RS que vai renascer das cinzas, como um dia de sol que brilha depois de um mês de trevas. De mãos dadas. Reconstruir precisa ser o verbo que estará na mente e nos corações dos gaúchos. Sem qualquer tipo de polarização. Como no futebol, o nosso time vai jogar coletivamente. Como engrenagens, que se juntam para uma máquina funcionar. Cada indivíduo é importante para ajudar o próximo. Vamos valorizar cada gesto. Nossa volta por cima será a soma de pequenas vitórias diárias. A batalha será muito dura. Mas no final de tudo isso, vamos vencer. Para cima, Rio Grande!