O Grêmio tem pelo menos quatro atletas que estavam com o aprimoramento do ritmo de jogo em andamento. Diego Souza e Thiago Neves chegaram ao Tricolor com defasagem física. Já Jean Pyerre retornou contra o Pelotas, depois de quase seis meses inativo. E Kannemann voltou de lesão apenas no duelo contra o São Luiz, quando a temporada foi interrompida.
Já pelo lado do Inter, a suspensão das competições barra a consolidação das ideias de Eduardo Coudet. São evidentes os progressos apresentados pela equipe colorada nas últimas partidas da Libertadores contra Universidad Católica e Grêmio. A quebra da sequência de jogos fará com que o treinador tenha que recomeçar o processo de mudança de um conceito de futebol que está arraigado no clube, excessivamente defensivo.
De volta ao começo
A parada do Gauchão e da Libertadores, em virtude da pandemia de coronavírus, acaba travando a evolução do desempenho de Grêmio e Inter na temporada. Ainda não se sabe exatamente quando as atividades serão retomadas. É quase impossível fazer qualquer previsão.
O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, prevê um aumento dos casos de coronavírus no período de abril, maio e junho. O presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, projeta o retorno da Libertadores da América em 6 de maio. Não acredito que as coisas estejam calmas até lá.
Com certeza, o trabalho de preparação dos atletas e o ritmo de jogo para a retomada plena dos campeonatos terá que recomeçar do zero. A dupla Gre-Nal vai ter muito trabalho pela frente quando as coisas voltarem ao normal.