
A série invicta de 16 jogos do Inter tem muitos protagonistas. Há Roger, o técnico que potencializou um time esmaecido, há Wesley, o goleador, há Borré, o centroavante, há Vitão, o zagueiro que parece não suar para jogar.
Mas há, principalmente, Alan Patrick. Nesse recorte sem derrotas, quase um terço dos gols tem a participação dele. O Inter fez 33 gols. Alan, com o deste domingo, chegou aos sete. Além disso, deu três assistências. Ou seja, dos 33, 10 tem o pé do camisa 10.
Alan Patrick recupera, assim, o seu melhor futebol, aquele apresentado no ano passado, quando o Inter chegou à semifinal da Libertadores o tendo como o maestro da equipe. As lesões no primeiro semestre atrapalharam. Foram três, que custaram 16 jogos. As duas primeiras, ambas na coxa, foram ainda na Era Coudet.
Na primeira, parou 47 dias e seis jogos (11 de abril a 28 de maio). Vale lembrar que pegou os 30 dias de parada pela enchente. A segunda, mais curta, de oito dias, o tirou de quatro jogos (o que mostra o aperto do calendário). A terceira foi na véspera da chegada de Roger. No jogo contra o Rosario, teve um estiramento no ligamento colateral do joelho e ficou de fora por 31 dias.
Agora, com um calendário mais aliviado, o futebol do meia reapareceu com força. Alan é uma das lideranças do grupo, tanto no aspecto técnico quanto no anímico.
O momento é de alta e tranquilidade. O final do jogo contra o Bragantino prova isso. Depois da goleada, já com o estádio vazio, ele voltou a campo para bater bola com o filho no gramado. Eu estava na cabine da Gaúcha e fiz o flagrante acima. Por cerca de 10 minutos, Alan foi o pai que a rotina do futebol, muitas vezes, o impede de ser. Veja o vídeo abaixo.