
O Grêmio vai sofrer até o final. O 2 a 2 com a mão da Nossa Senhora da Imortalidade, aos 50 do segundo tempo, evitou que o medo do rebaixamento virasse pânico. A ameaça segue e será preciso tirar de algum lugar um futebol que o time ainda não jogou.
O Juventude, diante de 40 mil pessoas, submeteu o Grêmio ao constrangimento de ser envolvido com facilidade. Só não venceu porque Marchesín salvou um pênalti quando estava 2 a 1. Restam quatro rodadas e será preciso buscar cinco pontos contra Cruzeiro, São Paulo, Vitória e Corinthians.
O preocupante é que o problema não está nos adversários, mas em um Grêmio que se repete em seus erros. O time parece desmoronar a cada rodada. Não há processo coletivo, não há ideia clara de futebol. Pontuando tudo isso há rendimentos individuais que minguam de maneira constante.
Estamos a quatro jogos do final da temporada, e o Grêmio vive de individualidades. Quando não é Braithwaite pegando a bola e partindo para cima da zaga e Soteldo, que chegou às 8h da manhã, dormiu e entrou nos últimos 15 minutos, que dribla até sofrer falta. Uma delas originou o gol de empate. Dependerá deles a salvação do rebaixamento.
A percepção ao final do empate com o Juventude é de que o Grêmio colapsou. Todos procuram explicações para o futebol precário de um grupo que tem bons valores, embora seja desequilibrado, com defensores inconfiáveis e atacantes de qualidade.
O cenário é de medo para o Tricolor depois do que se viu nesta quarta (20). Faltam cinco pontos. Mas eles parecem 50 quando se vê o quão pouco joga esse Grêmio de 2024.