A semana Gre-Nal mais longa em 115 anos de rivalidade começou antes para o Inter. Roger se antecipou e acabou com qualquer mistério que poderia vir em relação ao substituto de Thiago Maia: será Bruno Henrique. O que Roger levará até a hora do jogo é o mistério de como encaixará Bruno no lugar de Thiago e fará com que ele desempenhe as tarefas. Não são poucas.
Thiago é o jogador referência deste Inter. Quando ele dá um passo à frente, o time entende que é momento de avançar as linhas e pressionar mais alto. Quando ele dá um passo atrás, o Inter baixa seu bloco e adota postura mais defensiva. Além disso, trata-se de um volante que descobriu com Roger aptidões de meio-campista, com liberdade para chegar à frente e fazer um dos vértices do triângulo que se forma pela esquerda, com Wesley e Bernabei.
Por fim, a sustentação para os avanços do lateral argentino é dada por ele. Roger fez de Bernabei a principal saída de trás do time. Como sua recomposição defensiva é algo que ainda precisa evoluir, Thiago Maia funciona como espécie de garantia. Bruno Henrique não tem essa mesma capacidade de dinâmica, sem contar que está mais acostumado a jogar pela direita.
Foi assim contra o Vitória, no Beira-Rio, quando entrou no lugar de Thiago. Começou pela esquerda e logo foi levado para o lado direito, para ajudar a fechar espaço em um caminho que os baianos haviam encontrado. Um modo de encaixar Bruno e fazer dele a versão de Thiago é o primeiro grande mistério do Inter para o Gre-Nal 443.