Heitor se despediu do Inter e embarcou nesta quinta-feira para uma aventura na Bélgica. Jogará no Koninklijke Sportvereninging Cercle Brugge. Na tradução, Associação Esportiva Real Círculo Brugge. Não confunda com o Club Brugge. Esse é o vizinho mais famoso e um dos principais clubes do país.
O Cercle é o outro time da cidade, tradicional, fundado em 1899, mas que se segura como pode na Jupiler League, como é chamado o Belgão. Na última temporada, o Cercle ficou em 10º entre os 18 participantes.
Talvez Heitor tenha dificuldades em campo. Mas, fora dele, morará numa cidade espetacular, que conserva ainda prédios medievais e virou um dos destinos turísticos mais concorridos da Bélgica. Brugge, a Veneza do Norte, pelos seus canais, está a menos de uma hora de trem de Bruxelas, a 30 minutos de Antuérpia e a 20 de Genk.
No verão, suas ruas lotam de turistas vindos de todos os lados. O centro, tombado pela Unesco em 2000, superlota. Fica difícil tomar uma boa cerveja belga ou um café nos prédios construídos entre os séculos XII e XIV, quando a cidade era um grande mercado europeu. Aliás, em 2002, ela foi denominada Capital Europeia da Cultura.
Heitor chegará a um clube animado, como são os belgas no verão. A apresentação do grupo, aliás, foi realizada em praça pública, numa grande quermesse. Também não estará sozinho. O Cercle tem outros três brasileiros: o goleiro Warleson, ex-Athletico-PR, o lateral Vitinho, ex-Cruzeiro, e o zagueiro David, emprestado pelo Botafogo. No sábado, o Cercle estreia contra o Westerlo na Jupiler League. Heitor já poderá sentir o time que o espera.