O Grêmio ainda não atirou a toalha. Nem poderia ser diferente. A partir desta segunda-feira, a direção e o técnico Vagner Mancini traçarão uma estratégia para remobilizar os jogadores visando ao jogo contra o São Paulo. Houve um abatimento geral depois da derrota para o Bahia. Afinal, os números traçam um cenário dramático.
A matemática aponta 45 pontos para escapar do terceiro rebaixamento. Ou seja, nove em nove. Para tentar manter a chance de seguir na Série A, o Grêmio não descarta fazer um retiro fora de Porto Alegre até a quinta-feira, quando enfrenta o São Paulo.
A ideia já foi colocada em pauta nas conversas de fim de semana entre o presidente Romildo Bolzan, a direção de futebol e a comissão técnica. A saída é vista como uma boa alternativa para tirar os jogadores desse ambiente de alta pressão até o dia da partida e também para fazer uma recuperação mais completa. Detectou-se que a série de jogos nesta reta final, com partidas a cada três dias, mandou a conta.
Contra o Bahia, além do aspecto técnico, o adversário também levou vantagem no aspecto físico. Como a partida contra o São Paulo será quinta-feira, esse retiro seria, na verdade, uma concentração prolongada, de três dias. A direção também discute outras medidas para enfatizar aos jogadores a importância de reagir contra o São Paulo e ainda acreditar na salvação e na permanência na Série A.
Segundo um dirigente, é preciso evidenciar ao grupo que se trata de uma situação extrema, que como tal requer medidas que mexam com o ambiente. Chamou a atenção, tanto internamente quanto fora, a apatia dos jogadores contra o Bahia, em uma partida que requeria um time ligado no 220v. Como foram os baianos.
Houve todo um trabalho de mobilização antes da partida, com reuniões, vídeos motivacionais e conversas particulares em que foi passado aos jogadores a transcendência da partida e o que significava na história do clube. O efeito foi contrário.