O Inter mais do que perdeu dois pontos na estreia do Brasileirão. Deixou escapá-los das mãos. Na noite deste domingo, fez 2 a 0 no primeiro tempo e parecia com a vitória garantida. Voltou para o segundo tempo criando chances. Mas levou um gol de pênalti aos 16 minutos e, a partir daí, caiu de forma assustadora e cedeu o 2 a 2.
O gol do André, ex-Grêmio e que voltou de uma temporada na Turquia com apenas três, foi a cereja azeda de um bolo que, pelos primeiros 45 minutos, parecia banquete aos colorados.
Isso porque o primeiro tempo do time foi de alto nível, com domínio, troca de passes, articulações e triangulações sempre usando o jogador livre. Foi para o intervalo com 2 a 0 e margem para mais. Porém, há uma queda física que faz com que o time se prostre em campo nitidamente.
O fato é que o Inter, a partir do momento em que levou o gol e passou a ser marcado mais de cima, com o Sport cortando as linhas de passe na saída de bola, fizeram com que abandonasse, inclusive, os conceitos de jogo. Lomba e, principalmente, Lucas Ribeiro passaram a abreviar o jogo com chutões. O que permitia ao Sport apanhar a bola na sua defesa e fazer uma transição rápida que acabava, quase sempre, nas bordas da área colorada.
O domínio dos pernambucanos foi tamanho que o Inter ficou quase 20 minutos sem ameaçar o goleiro Maílson até a cobrança de falta feita por Edenilson, aos 26. Ramírez tentou manter a pegada colocando Nonato e Praxedes aos 27, nos lugares de Maurício, de boa atuação, e Edenilson, de participação nos gols, mas sem o volume costumeiro.
O saldo da noite foi que o Inter cedeu uma vitória que estava nas mãos e foi dormir com uma equação difícil de ser fechada: precisa ganhar força física em cenário no qual se tem menos tempo para treinar e mais jogos e viagens para cumprir. O alerta está ligado.