O Atlético-MG começou a temporada 2021 com o vestiário mais robusto do futebol brasileiro. Trouxe nomes como Hulk e Nacho Fernández. Hulk, inclusive, está apto para estrear contra o Tombense, nesta quinta-feira (4). Até a contratação de um técnico para 2021, cabe ao auxiliar Lucas Gonçalves, 38 anos, conduzir o time, tendo como auxiliar ninguém menos do que Éder Aleixo, ex-ponta-esquerda e um dos grandes ídolos da história do Atlético.
Lucas apenas segue os passos do pai, Otacílio Gonçalves da Silva Júnior, o Chapinha, técnico da Dupla nos anos 1980 e de clubes como Palmeiras e Paraná. Aos 80 anos, Otacílio não cabe em si de orgulho com seu caçula. A coluna conversou com ele nessa terça.
Como está o pai do técnico do Atlético-MG neste começo de 2021?
(Risos) O Lucas estava lá como auxiliar do treinador. Ele esteve a primeira vez no Atlético-MG há quatro ou cinco anos atrás. Aí mudou a direção, e ele saiu. Não demorou um mês e o levaram de volta. Está lá desde então.
Desde esse retorno, foi para ficar com o time principal?
Ele está, sim, no grupo principal, como auxiliar fixo. É auxiliar do clube, não é do treinador. Nesse período, saiu um, chegou outro, e ele permaneceu. Assim será com o que vier agora.
Como o pai ex-treinador está avaliando o trabalho do filho técnico?
O lucas já está com 38 anos. O guri é esperto, viu? Assisti à entrevista dele depois do jogo, foi muito boa. Ele está falando bem pausado, explicando bem, dando as respostas coretas. Tudo muito legall.Eu fico muito orgulhoso.
Ainda mais com o filho seguindo aquilo que foi sua vida, o futebol.
Meu mais velho é engenheiro. A minha filha mora na Austrália, há mais de 10 anos. O Lucas é o caçula. Desde pequeno, ele demonstrava essa atração pelo futebol. Ia comigo aos treinos, gostava da bola, conversava com os jogadores e os outros profissionais do vestiário. Acabou se encantando com o futebol. Começou a carreira na base do Grêmio. Teve uma competição internacional na Venezuela, e ele foi com um time sub-15. Voltou campeão, subiu de categoria e, depois, saiu para ganhar o mundo.
Vocês conversam sobre futebol? Como é essa relação de pai e filho técnicos?
O time dele jogou bem no domingo. Ele fez algumas correções do que havia do Sampaolli, principalmente, na marcação atrás. Foi tudo legal. Sempre depois dos jogos, a gente conversa, troca ideias sobre a partida, fala do que houve de bom e ruim.