A Europa já fixou uma data no horizonte enevoado pela pandemia de coronavírus. Até o dia 3 de agosto, determinou a Uefa, as principais ligas deverão indicar os clubes classificados para as copas continentais, a Liga dos Campeões e a Liga Europa. Para aqueles países cujo ranking exigem participação nas fases preliminares dessas duas competições, o prazo é ainda menor, em 20 de julho.
Pela primeira vez desde a adoção da quarentena no futebol europeu há uma previsão de retomada. O plano, embora os efeitos da pandemia sejam de números superlativos na Espanha e na Itália, principalmente, é de retomada dos jogos em junho.
A Uefa dá os meses de abril e maio como perdidos, embora projete a retomada dos treinos. A ideia é de que os jogos sejam precedidos de uma pré-temporada de, pelo menos, duas semanas. A partir daí serão finalizadas as ligas e retomada da Liga dos Campeões, que ainda tem quatro jogos das oitavas para serem realizados.
A decisão foi anunciada em videoconferência realizada quarta-feira, com representantes das 55 confederações e outros agentes envolvidos no mercado, como representante das ligas e da FifPro, a federação internacional dos jogadores.
A data limite para finalização da temporada 2019/2020 também desenhou o novo calendário europeu. A temporada 2019/2020 terminaria em 30 de junho. Dessa forma, ela invadirá datas de 2020/2021, Para compensar, a Uefa cancelou as datas reservadas a jogos das seleções — a começar, claro, pelos duas partidas previstas para o começo de junho e as marcadas para setembro.
A entidade também mostrou disposição em cancelar o recesso de final de ano, para as festas de Natal e Ano-Novo, com o objetivo de acelerar as ligas. A ideia teve reprovação da FifPpro, que defendeu a preservação das datas para que jogadores sul-americanos e africanos possam passar essas datas em seus países.
Uma outra ideia apresentada pela Uefa é de que as ligas nacionais tenham menos participantes, o que reduziria a quantidade de rodadas. A entidade tenta correr contra o tempo para, em 2021, realizar a Euro na metade do ano, o que o coronavírus impediu que fizesse neste ano.