Pouco mais de 20 dias de trabalho, calor próximo de 40ºC, gramado sintético fervendo e novo, que deixava a bola viva e um time inédito, mesclando guris, reservas, titulares e recém-chegados. O resultado dessa mistura foi o 2 a 0 do São José, no Passo D'Areia, em uma atuação em que o Inter não mostrou absolutamente nada de produtivo. É preciso, sim, colocar na balança todos esses ingredientes antes de qualquer análise sobre o começo vacilante do time na temporada. Até porque, vamos combinar, a temporada mal começou – aliás, nem deveria ter começado ainda.
É quase um crime colocar os jogadores para atuar com tão pouco tempo de preparação em um domingo de 40ºC e com o piso sintético fritando os pés a 61ºC. Faz uma semana que o Gauchão deflagrou o começo de 2019 e já estamos na terceira rodada. Com uma semana, portanto, foram três jogos em oito dias.
O fato é que o Inter, depois de duas derrotas seguidas, lançará mão de seus titulares a partir de quarta-feira (30), contra o Veranópolis. O período de observação dos reservas e dos novatos se encerrou com a derrota na zona norte da Capital. A partir de agora, o torcedor começará a ver o time da estreia na Libertadores em ação, mas ainda passando pelos últimos ajustes. Há, pelo menos, duas vagas em aberto na equipe: a de centroavante, que tem Pottker como inquilino, e a de interno pela esquerda, ainda sob administração de Patrick.
A partir de quarta-feira, portanto, o Inter começará, de fato, seu 2019. Qualquer análise mais aprofundada do que aconteceu até aqui – e ela precisa ser feita – deve levar em conta todo o contexto dos três primeiros jogos. Até porque são apenas três jogos, espremidos em uma semana apenas.