O 3 a 0 no domingo calorento do verão porto-alegrense dá a exata dimensão da distância que hoje separa Grêmio e Inter. Não houve nada de acidental no placar do Gre-Nal 414. O Grêmio, neste momento, é superior tecnicamente. Sobra em relação ao seu rival quando tem a bola e o espaço para fazê-la rolar. Fruto de um trabalho de longo prazo, da quarta temporada seguida com uma mesma base e de individualidades que desequilibram em qualquer circunstância, como Luan, Geromel, Kannemann e Marcelo Grohe, esse com suas defesas inverossímeis.
O Inter, em constante reconstruação desde que chegou ao fundo do poço, em 2016, equiilbrou a partida por 47 minutos com a ferremante que tinha, a energia. Mas fraquejou por um insntante e viu sua estratégia ser demolida pela qualidade do Grêmio, numa costura de passes que acabou na rede.
O gol no final do primeiro tempo demoliu a confiança do Inter. E um time sem confiança não é nada. Os Gre-Nais serviram para mostrar aos colorados que o caminho é longo até que possam bater no peito e dizer que têm um time. O trabalho de Odair é bem feito, mas ele precisa de tempo. E não será pouco. Hoje, a distância do seu time para o do Grêmio está bem medida pelo 3 a 0 da Arena.