A CBF definitivamente não consegue administrar o futebol brasileiro. Quando consegue acertar uma, volta atrás. O episódio mais recente é um exemplo prático de como a entidade que deveria zelar pelos clubes acaba por prejudicá-los.
A decisão de não mais adiar os jogos dos times que tiverem jogadores convocados "premia" a competência de quem tem no seu plantel um selecionável. Só que ao contrário. No nosso caso, perderemos três atletas — Edenilson, Guerrero e Palacios — em três rodadas do Brasileirão que, não por coincidência, é o único campeonato que não para nas datas-Fifa.
Parece piada, mas é verdade. Eu sei que Guerrero e Palacios não são titulares, mas Edenilson, hoje, é o melhor jogador do nosso grupo e um dos cinco melhores do campeonato. Ficar três rodadas sem ele é um prejuízo incalculável.
Faz muitos anos que é assim e nada muda. Lembro de convocações que desfalcaram o Inter em rodadas finais de campeonatos nacionais, mesmo não sendo a seleção principal. Em 2009, fizemos a primeira partida da final da Copa do Brasil contra o Corinthians, em São Paulo, sem "apenas" Nilmar e Kleber que estavam servindo a seleção canarinho. É mole?
Nosso futebol, que possui a melhor matéria prima do mundo, segue sendo "gerido" por uma entidade que não consegue montar um simples calendário e, no atual momento, nem presidente tem. É incrível, mas ainda pode piorar.