A Pomada Minancora é daqueles produtos que passam por gerações de brasileiros. No início do século 20, eram vendidas muitas pílulas e pomadas "mágicas" para tratamentos médicos, concebidas a partir de produtos naturais. Em Santa Catarina, um farmacêutico português desenvolveu a Pomada Minacora.
Em Joinville, em 1912, Eduardo Augusto Gonçalves começou a produção artesanal do produto à base de cânfora, óxido de zinco e cloreto de benzalcônio. Em 1915, depois do registro no Departamento Nacional de Saúde Pública, passou a vender o produto em várias cidades do país.
Devido à ação antisséptica e cicatrizante, a Minancora é recomendada para manter a saúde da pele. Em uma estratégia de propaganda comum na época, o produto era apresentado como "Pomada Milagrosa Minancora". Em anúncios nos jornais em 1915, o fabricante prometia curar feridas em geral, queimaduras, espinhas e doenças de pele.
A primeira sede da empresa ficava na Rua do Príncipe, em um sobrado tombado como patrimônio histórico, que virou ponto turístico de Joinville. Clientes poderiam comprar pelo correio, enviando o pedido para a caixa postal número sete da cidade catarinense.
A Minancora é facilmente reconhecida pela embalagem, redonda e laranja. A latinha foi substituída pelo plástico. De acordo com o fabricante, o produto é recomendado para tratamento de espinhas e frieiras, além de auxiliar na recuperação de pequenos cortes, urticárias e picadas de inseto. Também previne odores dos pés e das axilas.
O nome e a logomarca são a mistura da deusa da sabedoria Minerva e da âncora, uma alusão à decisão do inventor do produto de permanecer no Brasil. Na década de 1990, nova unidade industrial foi inaugurada em Joinville. Outros cinco produtos vieram em seguida.
Em 2024, o design da logomarca passou por uma mudança.