O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quinta-feira (23), em conversa com a coluna transmitida durante o programa Timeline, da Rádio Gaúcha, que não irá às manifestações convocadas para o próximo domingo, 26. Os atos são relacionados a grupos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. No entanto, líderes e influenciadores ligados à direita alertaram para o fato de parte dos manifestantes defenderem, ao convocarem as manifestações, o fechamento do Congresso e até mesmo do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em que pese não garanta sua presença, o ministro argumentou a favor da realização dos atos porque, segundo ele, demonstram uma "nova cidadania". Ele defendeu as manifestações como movimentos pacíficos e espontâneos.
— Nunca houve violência, ninguém tem que pagar sanduíche para alguém ir, as pessoas vão espontaneamente, empurrando carrinho de bebê e com o seu chimarrão — disse.
Confira a íntegra da fala:
Timeline: O senhor irá às manifestações? Por quê?
Onyx: Não. Por uma razão objetiva: o que vai acontecer no domingo, que já aconteceu em outros momentos da vida nacional, é a nova cidadania. São as pessoas que assumiram uma posição clara, política, assim como foi nos outros, espontânea, democrática, exercício de cidadania. É domingo. Nunca houve violência, ninguém tem que pagar sanduíche para alguém ir, as pessoas vão espontaneamente, empurrando carrinho de bebê e com o seu chimarrão.
Timeline: Mesmo que ela peça o fim do STF?
Onyx: Quando começou em 2013, era pelos 10 centavos da passagem, lembra? Era uma coisa super difusa, que ninguém compreendia direito. Depois foi crescendo, passou por 2014, 2015, impeachment em 2016, aquele famoso dia na paulista com dois milhões e meio de pessoas, todos a favor do país. Todos os campos ideológicos se manifestaram no período eleitoral. Esta é uma manifestação da sociedade. Ela sera acompanhada e respeitada pelo governo. Não fomos nós que organizamos, não fomos nós que chamamos. Provavelmente, quando houve aquela manifestação das universidades (15 de maio), inflada pelos movimentos de esquerda, um conjunto de pessoas espalhadas pelo Brasil resolveu tentar mobilizar pessoas no sentindo de tentar reafirmar a luta que elas travaram a favor do pais.