O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, elogiou a disposição do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, em incentivar alunos de escolas públicas e privadas a cantarem o Hino Nacional. A ideia foi bem recebida pelo vice-presidente como forma de resgatar o civismo entre as crianças e adolescentes.
— A ideia é que nós recuperemos o civismo no Brasil porque infelizmente a nossa população é muito fraca em relação ao civismo. O brasileiro tem vergonha de se expressar o seu amor ao seu país. Você vê que mal e porcamente a gente canta o hino nacional aí quando tem jogo de futebol — avaliou.
No entanto, Hamilton Mourão, que retornou de Bogotá na madrugada desta terça-feira (26), chamou a atenção para outro ponto da recomendação do MEC, contida em e-mail endereçada às instituições. A determinação foi revelada pelo jornal O Estado de São Paulo.
Em conversa com o programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Mourão criticou o uso do slogan "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos" na mensagem do MEC. A frase fez parte da campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro à presidência da República.
— É contra a legislação. Você não pode colocar uma mensagem que não é de propaganda governamental a algo que seja ligado à propaganda. (...) A questão é sobre o meio, a forma como a mensagem foi colocada divulgando o slogan que caracterizou a campanha do presidente Bolsonaro – afirmou.
Sobre a crise da Venezuela, o vice-presidente defendeu que os países da região sufoquem o regime de Nicolas Maduro. Mourão disse que os Estados Unidos têm o "queijo e a faca na mão" para estrangular economicamente o governo do mandatário venezuelano, já que o petróleo do país é refinado no sul do território americano.
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