Uma das rodovias mais atingidas pela chuva no Rio Grande do Sul, a RS-287, entre Tabaí e Santa Maria, só será totalmente reconstruída dentro do prazo de um ano. Ao todo, 14 trechos da estrada sofreram rupturas no asfalto.
Somente na região de Agudo, por exemplo, choveu 269mm durante o dia 29 de abril. A rodovia, administrada pelo grupo Sacyr, ficou debaixo d'água.
Os principais problemas foram registrados em Venâncio Aires, entre os quilômetros 55 e 60; em Candelária, na ponte sobre o Rio Pardo; entre Novo Cabrais e Paraíso do Sul, na ponte sobre o Arroio Barriga; e em Santa Maria, na ponte sobre o Arroio Grande.
Para iniciar os primeiros reparos na rodovia, funcionários precisaram ser deslocados de avião até trechos isolados. As primeiras liberações de tráfego, que permitiram com que comunidades deixassem de ficar isoladas, já começaram a ocorrer nesta semana.
O tempo de reconstrução total da rodovia leva em consideração os prazos para execuções de projetos, obtenção de licenças ambientais e realização das obras. Porém, a Sacyr elaborou um planejamento a fim de liberar totalmente a RS-287 em junho, com desvios provisórios.
Somente nos primeiros 30 dias serão necessários R$ 30 milhões em investimento. O dinheiro investido na reconstrução da rodovia vem da própria empresa. A cobrança de pedágio ficará suspensa até que os 204 quilômetros da concessão estejam em uso.
- A concessão, por força de contrato, tem seguros associados. Grande parte dos estragos serão suportadas por indenizações dos seguros. Outra parte será absorvida pela concessionária. Mas obras novas, ou modificações por decisão e combinação com o governo, precisam ser reequilibradas em contrato - informa o diretor-presidente da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato.