A Travessa Engenheiro Acilino de Carvalho, também chamada de Rua 24 Horas, vai ser revitalizada. Localizada entre as ruas dos Andradas e Andrade Neves, no Centro Histórico, a rua estreita ganhará investimentos no seu telhado, troca de piso e novo projeto paisagístico.
Serão realizadas duas frentes de obra. A primeira prevê a retirada de ferrugens da cobertura da travessa, a troca do policarbonato.
Os tijolos à vista, tradicionais da travessa, também serão recuperados. Também serão corrigidos problemas em calhas e algerosas.
Os trabalhos serão iniciadas em 10 de janeiro. A empresa Idea Engenharia e Construtora é a responsável. Ela receberá R$ 435 mil e executará os serviços por seis meses.
Outra intervenção envolve o calçamento. A travessa foi incluída nas obras do Quadrilátero Central. O piso de granito cinza escuro e avermelhado, que está sendo retirado da Rua dos Andradas e que estiver em bom estado de conservação, será recolocado na Rua 24 Horas.
A retirada do pavimento será realizada pelas empresas contratadas para executar as obras do Quadrilátero Central. Já a limpeza das peças será feita por presos que integram o Grupo de Intervenção Rápida (Gir). Eles desenvolvem atividades em troca de redução de pena. A nova iluminação será implantada pelo consórcio IPSul.
- Houve um processo de degradação do Centro, que tira pessoas e atividades econômicas. Mais de cinco mil imóveis estão ociosos - destaca o secretário municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos (Smpae), Cezar Schirmer, que recebeu a atribuição do prefeito Sebastião Melo de recuperar o Centro Histórico.
Mesmo após a revitalização, a travessa não deverá funcionar 24 Horas. A diminuição do movimento nas ruas do Centro, a falta de segurança na região, e o tipo de atividades desempenhadas pelas lojas do local indicam que a via estará mais bonita, mas funcionando em horário comercial, no máximo num período estendido.
A origem
A ideia surgiu no final da década de 1990. A Travessa Engenheiro Acilino de Carvalho, entre as ruas dos Andradas e Andrade Neves, se transformaria na primeira rua 24 horas de Porto Alegre. Teria uma rotina ininterrupta, com os estabelecimentos permanentemente abertos. Na prática, nunca funcionou deste jeito. Os 90 metros da travessa não têm acesso a carros e a maior parte dos estabelecimentos privados não tem atrativo para funcionar para este fim.