Não deu certo a nova tentativa de contratar a empresa que irá executar a obra de uma nova travessia entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai. Na terça-feira (31), cinco empresas participaram da concorrência realizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas nenhuma apresentou proposta adequada.
O orçamento para realização de projetos e execução da obra, estimado pela autarquia, era de R$ 252,54 milhões. Porém, o valor mais próximo oferecido pelas construtoras chegou a R$ 284,5 milhões. Por causa disso, a licitação foi considerada fracassada. Agora, o Dnit terá de realizar um novo processo de seleção. Em 2015, o departamento havia realizado uma disputa que também não teve êxito.
A travessia irá criar uma segunda ligação entre a cidade gaúcha de Jaguarão com a uruguaia Rio Branco em um novo ponto, mais a oeste da atual, sobre o Rio Jaguarão. O contrato terá duração de quatro anos, mas a realização dos projetos e das obras precisará ocorrer em três anos e meio.
As cidades gaúcha de Jaguarão e a uruguaia Rio Branco já são ligadas pela ponte Barão de Mauá, inaugurada em 1930 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Porém, a estrutura não dá mais conta do fluxo de veículos e mercadorias.
A nova ponte terá 450 metros e mais 12 quilômetros de acessos. Com a construção da segunda travessia, o trânsito pesado da Barão de Mauá poderá ser desviado para ela.
Prometida há 16 anos
A obra já havia sido discutido por Lula durante o seu segundo mandato. Em 2007, ele assinou um acordo com o então presidente uruguaio Tabaré Vasquez. Em janeiro de 2023, a construção voltou a ser tratada, dessa vez, com presidente Luis Lacalle Pou.