Objetivos, didáticos, pragmáticos. As forças de segurança de Santa Catarina demonstram estar jogando num time só quando o assunto é combate a desastres.
O monitoramento constante é só uma das medidas adotadas. A Defesa Civil instituiu reuniões curtas, mas constantes. A maior parte delas dura sete minutos. A ordem é manter todos atualizados. Assim, é mais fácil tomar decisões mais assertivas.
Os catarinenses aprenderam com a dor. Enchentes, alagamentos, deslizamentos levaram centenas de vidas num passado nem tão distante. As tragédias uniram as autoridades. Políticas são de Estado, não de governo.
O Rio Grande do Sul tem muito a aprender, mas também já tem o que demonstrar. Porém, as ações ainda são isoladas, não se conectam entre cidades, ainda padecem por sofrerem mutações a cada troca de governo, seja em prefeituras ou no governo do Estado.
Somos um batalhão, mas ainda não aprendemos a força que temos. O mais próximo que chegamos perto disso é em momentos após tragédias. Voluntários se multiplicam. Políticos rivais se unem e votam rapidamente projetos de interesse público.
À medida que novos eventos climáticos surgem, porém, a união se dispersa. Os projetos perdem celeridade. As promessas, até então bradadas, são esquecidas.
O povo de Santa Catarina aprendeu no sofrimento. Quantas tragédias como a que atingiu o Vale do Taquari precisarão ocorrer para, enfim, vestirmos a mesma camiseta da união?