
A Brigada Militar (BM), por ter mais contato com as ruas, ficará com 90% das 1,1 mil câmeras corporais que serão alugadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Os demais equipamentos serão para uso da Polícia Civil, em operações de busca e captura de criminosos.
Conforme revelou a colega Bruna Viesseri, o governo do Rio Grande do Sul prepara um pregão para a próxima segunda-feira (26) para buscar a empresa que fornecerá câmeras corporais aos uniformes de policiais. O certame deve ocorrer às 9h30min e prevê a contratação, em regime de comodato, de 1,1 mil equipamentos. A ideia é locar o equipamento. O fornecedor será responsável pela manutenção e suporte técnico dos aparelhos. A iniciativa, já colocada em prática por outros Estados, é vista como forma de dar mais transparência à atuação das polícias, além de produzir imagens que irão compor conjunto de provas em investigações.
Os equipamentos não serão comprados porque podem ficar defasados em poucos anos, sendo necessária a substituição por tecnologias mais modernas. A alternativa mais adequada, segundo o Executivo, é locar os aparelhos de uma fornecedora, que fará a troca das câmeras por novos modelos, quando for necessário. A empresa também ficará responsável por captar, transmitir, armazenar e compartilhar os dados gerados, seguindo as determinações acordadas, além de prestar suporte técnico e manutenção dos itens.
A realização desse pregão concretiza o investimento anunciado pela SSP durante o lançamento do programa Avançar na Segurança, em outubro de 2021, que destinou quase R$ 500 milhões para viaturas, equipamentos e tecnologia na área.
- A empresa ganhadora deverá fazer a pronta entrega, já que tem equipamento em estoque. Claro que pode levar dias ou semanas. Estamos trabalhando já há algum tempo, para fazer a incorporação dessa importante ferramenta tecnológica - comemora o secretário da Segurança Pública, Vanius Santarosa.
A expectativa é de que a atuação dos policiais seja monitorada em tempo real durante todo o período de trabalho. As informações obtidas com o equipamento, como imagens, áudios e localização, também podem ser usadas posteriormente em investigações. A utilização dos aparelhos já é feita em São Paulo, Rondônia e Santa Catarina. Conforme levantamento publicado em julho pelo site UOL, as mortes cometidas por policiais militares de São Paulo caíram 80% no último ano, após a instalação das câmeras nos uniformes. O equipamento também pode servir como mais uma proteção ao policial, já que está previsto que tenha um botão de pânico, para ser acionado quando for necessário pedir ajuda.