O magistrado Sergio Moro, na sua migração para o cargo de ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, vai se cercar de gente de confiança e promete fortalecer a Operação Lava-Jato. Isso ele disse de forma oficiosa e oficial.
Moro ainda não deu entrevista desde o dia em que foi escolhido para uma das mais importantes pastas do futuro governo, mas a coluna apurou que alguns nomes já estão cotados para ocupar o cargo mais importante do ministério: a chefia da Polícia Federal (PF). E os nomes vão na linha de fortalecer as investigações contra corrupção. Leia-se: Lava-Jato.
Um dos cogitados é o atual superintendente da PF no Paraná, o delegado Maurício Leite Valeixo, que já ocupou o mesmo posto entre 2009 e 2011. Ele tem bom trânsito com Moro, por dois motivos: é conhecido do juiz desde muito antes da Lava-Jato e, também, porque foi diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor) da PF (em Brasília). Tudo a ver, portanto.
O outro nome é o rosto mais conhecido dentre os delegados que atuaram na Lava-Jato, Igor Romário de Paula. Hoje ele ocupa o terceiro posto na hierarquia da superintendência da PF no Paraná. Já teve dias de mais proeminência, mas continua no rastro do esquema de corrupção desvendado pela Lava-Jato e tem na memória o organograma das complexas engrenagens que propiciaram o saque das estatais (notadamente a Petrobras) por parte do conluio empresários-políticos. Pode ser fundamental, caso Moro decida continuar na mesma batida dos últimos quatro anos.
Moro promete falar à imprensa nesta terça-feira (6). É possível que já fale em nomes. Aguardemos.