A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Desde pequena, Cecília da Costa, de Pelotas, vive em cima de um cavalo. Mais do que um lazer típico do meio rural, encilhar o animal tem um significado a mais para ela: retarda o desenvolvimento da sua doença rara, que afeta a fala e o caminhar. Pelo menos até este sábado (28), quando a menina de apenas 16 anos promete emplacar mais um significado em meio às suas andaduras: o da superação na pista do cavalo crioulo do parque Assis Brasil, em Esteio.
É quando ocorre o Inclusão de Ouro, prova no estilo Freio de Ouro voltada a pessoas com deficiência física e cognitiva. Além de Cecília, outros 14 ginetes competirão, em quatro modalidades distintas.
No caso da menina, a prova será focada na andadura e disputada com o Colorado, um cavalo "amigo seu", como descreve o pai, Juliano da Costa.
— É impressionante a conexão que os dois têm. Dá para ver que ele muda quando está com ela. Não se assusta se ela grita. É bonito de ver — acrescenta, sobre a relação dos dois.
Ainda que a menina não entenda direito o significado da competição, a esperança dos pais, Juliano e Juliane, é que ela se divirta como nos dois anos anteriores, que faturou o bronze na competição.
— Que seja mais uma oportunidade de inclui-la em um meio que ela gosta — reforçou o desejo o pai.
A competição é organizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) e realizada após o Freio do Proprietário, em Esteio.