A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Com a persistência dos temporais que ocorrem desde o início desta semana no Estado, mais produtores começam a calcular prejuízos no campo. Até esta quinta-feira (26), havia registro de problemas na produção de hortaliças, em frutíferas como videiras e pés de morango, e em lavouras de cebola, trigo, aveia, feijão e fumo. Também há relatos de animais ilhados por alagamentos em propriedades. Apesar das imagens impactantes, extensionistas da Emater ponderam a dimensão das perdas.
— É muita chuva, e está prevista mais na semana que vem. Mas ainda é muito cedo para saber se há prejuízos no desenvolvimento da safra de inverno, por exemplo — analisa Carlos Eduardo Suertegaray, gerente adjunto do Escritório Regional da Emater de Bagé.
A região Sul é uma das mais afetadas pelos temporais até o momento. Em Bagé, já há problemas na cultura de trigo, de aveia e em pastagens.
Na região de Soledade, há perdas no fumo em municípios como Amaral Ferrador. Em Arroio Grande, no Sul, vídeos mostram produtores retirando gado de barcos para não morrerem afogados. Já em São José do Norte e Tavares, lavouras de cebola alagaram pela chuva forte.
Em Camaquã, áreas de arroz que estavam sendo implementadas foram afetadas. O plantio, nesses locais, teve de ser adiado.
Na região de Ijuí, há relato de acamamento de culturas pelo vento, descreve o gerente do Escritório Regional da Emater, Gilberto Bortolini. Segundo ele, o efeito é prejudicial porque reduz a qualidade e o rendimento do grão.
Na região de Santa Maria, as perdas foram registradas no milho, fumo, trigo, feijão e hortifrutigranjeiros.
— Também há relatos de perfurações em telhados de casas, galpões e em estrutura de estufas — observa Guilherme Passamani, gerente Regional da Emater-RS de Santa Maria.