A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Conhecida pelo volume atrás do pescoço, o cupim, a raça de zebuínos nelore tem chamado a atenção na 47ª Expointer pela sua pelagem. É que 12 animais no parque Assis Brasil, em Esteio, possuem uma tonalidade pouco comum neste ano: malhada, nas cores branca e preta ou vermelha. Ao invés da padrão, branca, típica da raça.
Dois desses examplares são da Fazenda Riqueza, de Bandeirantes, no interior de Santa Catarina. De acordo com o cabanheiro Lucas Mateus Maciel, quem cuida "das gurias", a ideia de trazer os animais foi para mostrar a variedade genética da propriedade. Aliás, essa é uma das funções da feira: colocar as fazendas na vitrine para comercialização de exemplares.
Nathã Carvalho, coordenador da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) na Expointer, explica que o nelore pintado é, na verdade, uma variação da raça que existe há anos. Tanto que, na Fazenda Riqueza, "tem aos montes", conta Maciel.
Ainda assim, Carvalho reconhece que a mesma variedade tem ganhado "notoriedade nos últimos anos":
— Desde 2022, esses animais pintados estão participando da Expointer. E, neste ano, teve pela primeira vez julgamento específico para eles. Antes, os pintados e os com a coloração padrão eram julgados juntos.
E, nesta primeira competição, deu pódio para um dos pintados da Riqueza. A fazenda ficou com o reservado de grande campeão.
— Ficamos muito felizes de participar — acrescentou Maciel.