A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.

Saiu o primeiro acordo entre indústria e campo referente ao valor a ser pago pela folha de tabaco na safra de 2023/2024. E veio como alento aos produtores, já que a previsão é a colheita encolher 20% neste ciclo e chegar a 522,8 mil toneladas nos três Estados do Sul.
A empresa JTI e entidades representantes dos agricultores firmaram um reajuste de 8% no valor da folha das variedades virgína e burley. O percentual acertado não contempla a totalidade do pedido, mas "assegura ganho real ao produtor", de acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
— De maneira geral, nós, enquanto entidades, estamos satisfeitos com a JTI porque, pelo terceiro ano seguido, estão valorizando a integração do produtor na cadeia — avalia Marcilio Drescher, presidente da Afubra.
O pedido das entidades era para que cada empresa computasse a variação do custo de produção mais cinco pontos percentuais. Seis das sete empresas presentes não atenderam à demanda. A expectativa agora é de que no próximo encontro, marcado para o dia 25 de janeiro, haja possibilidade de acordo.
A quebra esperada na safra é pelo excesso de chuva, que afetou regiões produtoras no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná.