Com uma trajetória iniciada na década de 1990 no grupo Randon, Sergio Barbosa assume agora o desafio de ser presidente da RAR. A empresa que carrega no nome as iniciais do idealizador, Raul Anselmo Randon, começou com a maçã, na Serra, e hoje tem um portfólio diversificado. Desde 2005 como CEO da marca, Barbosa mira no objetivo de chegar a R$ 1 bi em faturamento. Confira trechos da entrevista à coluna no Campo e Lavoura da Rádio Gaúcha.
Uma das metas da RAR é chegar a R$ 1 bilhão em faturamento. De que forma?
Esse projeto todo vem de uma visão nossa. O seu Raul sempre falava: se a gente não cresce, é engolido. Então, tem de crescer, e de que maneira? Gerando caixa e, principalmente, através das pessoas. O que faz a diferença são as pessoas. Vamos ampliar portfólios. Na maçã, são 80 mil toneladas em 1,2 mil hectares, e a gente exporta. Queremos crescer 50% na quantidade de maçã. O queijo, da mesma forma, queremos dobrar a produção, e dobrando, tem de ter mercado. Já exportamos para Chile, Paraguai, África do Sul e de estamos olho nos Estados Unidos. Prospectamos também os canais de venda. Inauguramos a sétima franquia. Nos próximos cinco anos, queremos colocar 20, e chegar a 50 nos próximos 10.
Para quando se pretende chegar a esse resultado?
Temos uma visão de curto prazo, de cinco anos, e de longo, 10 anos. Estamos em 2023, então, seria até 2033 para chegar a R$ 1 bi. Podemos chegar antes? Até podemos. Dependerá das parcerias que fizermos e da evolução do mercado, interno e externo. Além dos produtos, tem todo um processo de ESG, que estamos muito empenhados, não só de agora. Já faz algum tempo que trabalhamos a parte do ambiente, de ações sociais e de governança.
Ainda há espaço para ampliar a diversificação de produtos?
Procuramos sempre olhar nosso propósito, que é o prazer de comer e beber bem, ter produtos de qualidade, premium, que complementam a linha. Estamos de olho em outros tipos de queijo, como o do mofo branco, que cabem no nosso portfólio e principalmente nos canais de venda. Tem o food service, os restaurantes, a questão também das franquias. Nas frutas, as que fazem linha com o que produzimos e trazemos de fora. Estamos fazendo algumas parcerias de trazer frutas de Portugal, que complementam o mercado interno, porque temos produção. Trazemos da Itália mais de duzentas toneladas de queijos duros. Uma variedade de portfólio para satisfazer o cliente.