A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Foi em meio a dizeres iluminados em neon como "É tempo de mulher" e à dança da robô cor-de-rosa da Valtra, Val, em hits de cantoras como a Beyoncé que teve início à 8ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo. O evento começou nesta quarta-feira (25) e se estende até quinta-feira (26) e busca celebrar o protagonismo feminino no setor dentro da sua programação técnica.
E por falar nas "celebradas", as mulheres, elas vieram em peso para debater o futuro do setor neste ano — assunto que faz parte do tema do congresso. São mais de 3 mil congressistas que participam da edição, um recorde de público. No ano passado, a participação chegou a 2,5 mil pessoas.
Gerente de Desenvolvimento e Novos Negócios no Transamerica Expo Center, que organiza o evento, Renata Camargo entende que a alta no número de congressistas tem a ver mais do que apenas com uma maior divulgação do evento neste ano — além de cinco embaixadoras, quatro influencers foram chamadas para trabalhar nesta edição.
— As mulheres estão mais participativas e esse movimento só vem crescendo. É natural, até por conta da participação delas dentro e fora do agro — analisa Renata.
Com o tema Dobrar o Agro de tamanho com sustentabilidade: A Marca Brasileira, o evento busca incentivar mulheres a repensar o seu processo produtivo dentro ou fora da propriedade rural a partir de diversos painéis nos dois dias. São cases de sucesso e talk shows sobre áreas como nutrição de solos, condução da genética vegetal e animal, nutrição de animais, saúde vegetal, saúde animal, administração da irrigação e administração da mecanização.
— Nosso agribusiness é forte, mas ainda precisa evoluir em tecnologia e gestão para que siga crescendo, olhando para as necessidades e demandas do mundo e, também, cuidando de seus recursos naturais — diz o professor e sócio-diretor da Biomarketing, José Luiz Tejon, curador de conteúdo do congresso, ao justificar o tema deste ano.
Além dessa programação, há ainda mais de 50 marcas dentro e fora do agro com o seu espaço no congresso, onde é possível fazer negócios.
O evento também terá 6ª edição do Prêmio Mulheres do Agro da Bayer, que reconhece produtoras rurais que adotam práticas agrícolas ancoradas nos pilares ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês). Neste ano, além das categorias Pequena, Média e Grande Propriedade Rural, há ainda a de Ciência e Pesquisa, em que quatro pesquisadoras concorreram ao título. As vencedoras serão conhecidas nesta quarta-feira, à tarde.
O congresso é realizado pelo Transamerica Expo Center com apoio da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
A coluna viajou a São Paulo a convite da Bayer.