Com a semana chegando ao fim, a concretização dos anúncios dos R$ 2,8 bilhões em recursos para atender demandas dos produtores rurais parece pouco provável. Ainda há expectativa de que saia o R$ 1,2 bilhão sinalizado para o rebate dos financiamentos de agricultores familiares sem seguro afetados pela estiagem. Nesse caso, o processo é mais simples, por assim dizer, porque depende apenas da edição de medida provisória. Quanto ao dinheiro buscado para destravar o Plano Safra, já se sabe que ficará mais para a frente.
A cifra apresentada durante a Expodireto Cotrijal, na semana passada, era de R$ 1,686 bilhão e atenderia à retomada do crédito do Plano Safra vigente e do início do próximo. Pelos acordos costurados, neste primeiro momento serão incluídos no projeto de lei (PLN 01/2022) R$ 868 milhões para destravar as linhas do pacote do ciclo atual.
O texto havia sido incluído na pauta de hoje da sessão do Congresso. Mas a votação não saiu. Relator, o senador Carlos Fávaro leu o texto final da proposta na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Líderes partidários se reunirão para definir detalhes finais para votação na comissão na próxima terça-feira, dia 22. Como há acordo, deverá ser aprovado e então entrar na pauta do plenário na próxima sessão, ainda sem data definida.
— Conseguimos acelerar o processo para o projeto vir hoje (quinta) na comissão. O recurso já foi liberado na mensagem (do Planalto), agora é questão de votar na semana que vem e já vai para o plenário — disse Fávaro.
Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva explica que a entidade está trabalhando para novas mobilizações, na próxima semana, se a MP não sair nesta sexta-feira (18).
— É uma novela sem fim — disse o dirigente.
*Colaborou Marina Pagno