Se nas lavouras o mau tempo não dá trégua, na indústria de máquinas agrícolas se consolida um clima ensolarado, de bons negócios. Nos primeiros cinco meses deste ano, o número de unidades negociadas cresceu 28,7%, somando 17,3 mil , apontam dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Na comparação entre maio de 2017 com igual mês do ano passado, também houve avanço de 16,4%, com 4,1 mil equipamentos comercializados. Há que se considerar, no entanto, que a base de comparação é baixa. Olhando para os cinco primeiros meses do ano, a performance do segmento ainda está abaixo da média histórica dos últimos 10 anos, que é de 23,1 mil unidades.
– O mais relevante é a tendência de aumento registrada a cada mês – avalia Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea e executiva da AGCO.
A dirigente destaca, além da recuperação, a oferta estável de recursos para os financiamentos de máquinas e equipamentos agrícolas como outro fator positivo. Segundo Ana Helena, diferentemente de outros anos, quando faltava dinheiro, no atual ciclo, os aportes foram feitos antes que as linhas se esgotassem. Pesou ainda, de forma favorável à indústria, a supersafra colhida nos campos.
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Com as vendas retomadas, também há movimento de contratação de mão de obra para a produção, embora não em volume significativo.
A expectativa com relação ao Plano Safra, que será anunciado hoje, é positiva. Sobre o corte esperado de pelo menos um ponto percentual para as linhas de investimento, a executiva observa:
– Vai significar um alento ao produtor.