Há mais de uma maneira de fazer a produção gaúcha de grãos chegar ao porto de Rio Grande, mas a BR-116 é considerada fundamental para o escoamento até lá.
– É uma rodovia vital – afirma Afrânio Kieling, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística no Estado (Setcergs).
Leia mais:
Movimento pela duplicação da BR-116 exige mais verbas para a obra no RS
Infográfico: veja como estão as obras da BR-116 entre Guaíba e Pelotas
Atraso na BR-116 Sul aumenta custos de empresas
Atraso de recursos deixa duplicação da BR-116 sem prazo para ser concluída
Fábio Avancini Rodrigues, diretor vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), acrescenta que a rodovia ganha ainda mais importância porque outros modais deixam a desejar:
– A via férrea está praticamente abandonada, e a hidrovia tem papel secundário. A duplicação da BR-116, além de fator econômico fundamental, é uma salvaguarda de vidas.
Em ano de supersafra, a movimentação irá crescer ainda mais. Vicente Barbiero, presidente da Associação de Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul, diz que já se fala em 18 milhões de toneladas do grão – a Emater aponta 16,8 milhões de toneladas. Além disso, em 2016, neste período do ano 40% da produção havia sido negociada. Agora, só 12%.
– A comercialização será toda na mesma hora. Imagina o risco dessa estrada não duplicada – observa Barbiero.
Veja a situação das obras: