Apesar do seu pioneirismo em parques eólicos, o Rio Grande do Sul está com novos projetos travados para geração de energia a partir do vento. Faltava linha de transmissão, o que foi resolvido. Depois, empreendedores alegavam demora na liberação de licenças ambientais, o que também foi trabalhado. Agora, é a competição com o crédito mais barato em outros locais. A coluna perguntou das perspectivas ao diretor do Sindicato das Indústrias de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Guilherme Sari, durante um Painel RBS, na Expointer.
Como fazer para projetos eólicos voltarem a ser instalados no Rio Grande do Sul?
Os investimentos deram uma diminuída, e a indústria de renovável acabou se localizando em outras regiões do país. Agora estamos buscando um tempo perdido. Passamos pelas licenças, pela transmissão e agora temos que enfrentar os fundos constitucionais que outras regiões têm. É crédito muito mais barato. Três por cento da arrecadação de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) e de Imposto de Renda vão para fundos constitucionais, nos quais o Nordeste tem 1,8% disso; 0,6% vai para o Centro-Oeste; e 0,6% vai para o Norte. Sul e Sudeste não compraram lá atrás essa ideia na constituinte de 1988 e pagamos o preço de uma taxa de crédito mais cara. Temos uma perda competitiva e queremos um reequilíbrio.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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