Além dos R$ 80 milhões aprovados em empréstimo para capital de giro, o Hospital Mãe de Deus aguarda análise do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o pedido de R$ 70 milhões da linha de crédito específica para reconstrução de empresas atingidas pela enchente. Esperado para outubro, o valor já autorizado será para pagar funcionários e despesas com fornecedores, bancos e prestadores de serviços. São gastos do período no qual o hospital, fechado, não teve faturamento. A instituição foi duramente atingida pela inundação no bairro Menino Deus, em Porto Alegre.
— Fora que, para recolocar o hospital em operação em um curtíssimo prazo, tivemos um custo de aproximadamente R$ 10 milhões. Esses recursos ajudarão a colocar em dia esses credores — detalhou ao podcast Nossa Economia, de GZH, João Baptista Feijó, diretor-executivo corporativo da Associação Educadora São Carlos, mantenedora do Mãe de Deus.
Se aprovado e liberado, o dinheiro da linha será usado para reconstruir tudo que foi danificado, de móveis a equipamentos.
— Vamos recuperar especialmente o nosso subsolo e o sistema de energia elétrica. Nossas subestações foram atingidas. Teremos que mudar de lugar, colocar subestações e geradores novos — acrescenta o diretor.
No subsolo, funcionavam áreas importantes, como o suporte para operação do hospital.
— Toda a parte de engenharia elétrica, hidráulica, de infraestrutura, engenharia clínica, TI (tecnologia da informação), data center, rouparia, farmácia. Fora isso, tínhamos áreas de negócio: nossa emergência traumatológica e o Mãe 360, que é um ambulatório de especialidade. Nossa auditório; o comand center, que é todo o controle de fluxo de pacientes; a diretoria, ambiente de médicos, entrada de funcionários, vestiários... foi tudo destruído.
A volta da maternidade estava prevista para o primeiro trimestre de 2025, mas deve ficar para o segundo. Ainda são aguardados os recursos.
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* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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