Houve um tempo em que algo ser importado, ter muitos componentes importados ou um comércio ter uma grande quantidade de produtos importados me atraía como consumidora. Hoje, não mais. Aliás, usar isso como marketing até me gera uma certa rejeição. Mas por que falar disso neste espaço que a coluna dedica aos finais de semana para um consumo "verde"? Porque, em geral, importar não é sustentável.
Trazer produtos do Exterior exige uma logística que gasta mais combustível, ambientalmente ruim. Além disso, vai contra o pilar da sustentabilidade que propõe o estímulo à economia local. Neste momento de reconstrução após a tragédia, quem produz e trabalha no Rio Grande do Sul precisa ainda mais desta dedicação. Tenho visto empresas preferindo fornecedores gaúchos mesmo quando são mais caros. Aliás, há indústrias gaúchas treinando empresas locais para tornarem-se seus fornecedores e substituir compra de insumos do Exterior. Incrível, não?
E sim, prefiro comprar um queijo feito aqui na colônia do que um francês, que certamente também é delicioso. Tendo oportunidade, dou prioridade para comprar um calçado de uma marca autoral daqui do que um tênis importado de uma marca multinacional, que eu provavelmente já tive ou até tenho ainda. Não é uma demonização do importado, mas é um questionamento sobre a sua glamourização. Este espaço da coluna é para compartilhar descobertas de uma consumidora em transição e um convite à reflexão.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@radiogaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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