Advogado de clientes da Sbaraini Capital — a maioria gaúchos —, Alex Gallio obteve uma liminar que reserva R$ 1,85 milhão dos R$ 400 milhões em bens bloqueados após a operação Ouranós, da Polícia Federal, em Santa Catarina e no Paraná. A empresa é investigada por ter estrutura similar a pirâmide financeira e lavagem de dinheiro com investimentos em criptomoedas.
Gallio tem 32 clientes, mas já foi procurado por mais de 120. No total, são estimados 7 mil lesados pelo país, com R$ 1 bilhão captados. Há certeza de que a maioria fica no Sul. A empresa suspendeu saques em novembro. Há um caso de um gaúcho - não identificado - que vendeu uma fazenda e investiu R$ 50 milhões com a Sbaraini.
— A Sbaraini não tem patrimônio, mas os sócios têm. Trouxemos para o processo 12 partes, entre empresas e pessoas físicas. Tentaremos um acordo. Por via judicial, demorará ao menos uns cinco anos. Mas quem tem ação tem preferência na negociação — explica Gallio, especialista em ativos digitais e sócio do escritório Boschirolli e Gallio Advogados Associados.
Para recuperarem o dinheiro, terão que comprovar sua origem, porque uma das suspeitas da polícia é de que há investidores sem lastro dos valores aplicados. Aqui no Estado, há casos de Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Frederico Westphalen, Panambi, Passo Fundo, Santa Maria, Bento Gonçalves, Lajeado, Estrela, entre outros.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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