O jornalista Paulo Rocha colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE mostrou o Rio Grande do Sul indo na contramão do Brasil no que diz respeito ao setor. O dado de novembro, na comparação a outubro, aponta que o país cresceu um pouco (0,4%), o suficiente para quebrar uma sequência de três meses de dados negativos. Já o volume de serviços no Estado caiu 2%, após uma alta de 1,2%. Os altos e baixos já eram esperados, diz Giovana Menegotto, economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RS (Fecomércio-RS).
— Quando ampliamos o horizonte de análises, a pesquisa mostra que o setor está em acomodação — avalia a economista.
No dado nacional, três das cinco atividades apuradas pelo IBGE avançaram em novembro: outros serviços (3,6%), serviços prestados às famílias (2,2%) e profissionais, administrativos e complementares (1,0%). Por outro lado, as duas atividades de maior peso nos serviços ficaram no campo negativo: transportes (-1%) e informação e comunicação (-0,1%).
— O setor de serviços ganhou força com a reabertura das atividades e, agora, o espaço para ele crescer fica menor. O que se espera é que ele continue em uma dinâmica morna, sem queda nem crescimentos expressivos — diz a economista.
No dado estadual mês a mês, não é possível detalhar as diferentes atividades. Mas no comparativo novembro de 2023 e novembro de 2022, duas atividades explicam o número para baixo no Rio Grande do Sul: transportes (-5,5%) e outros serviços (-6,5%).
Após um ano de 2022 marcado pela estiagem, o cenário é mais positivo nos serviços do RS, em razão justamente do transporte. A normalização da safra a partir de algumas culturas deve levar a um aumento do escoamento. Mas é algo que deve aparecer mais adiante.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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