A General Motors (GM) dará novamente férias coletivas aos funcionários do complexo de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre. Serão 10 dias a partir de 12 de junho. Em fevereiro, já houve um período longo de parada na fábrica. Depois, ocorreram suspensões nos chamados "day off".
O setor industrial automotivo bateu, agora em 2023, recorde de paralisações em fábricas. Foram 13 desde o início do ano. Ao contrário de 2021, quando o motivo das paradas era a falta de peças, agora é a retração das vendas. Há dois anos, a GM chegou a ficar cinco meses consecutivos sem produzir.
O governo federal anunciou na semana passada um pacote de medidas, com redução de tributos para gerar descontos de até quase 11% e até a volta do chamado carro popular. Porém, é preciso passar pelo Ministério da Fazenda e, em um dos casos, até mesmo pelo Congresso. Ainda não se sabe qual será o estímulo que atingirá quais modelos, apenas que haverá incentivo para carros de até R$ 120 mil. Enquanto isso, os pátios das montadoras estão cheios.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, Valcir Ascari, informa que será feita uma assembleia para votar a nova parada da GM, já que as férias dos funcionários já foram esgotadas. Procurada, a empresa ficou de enviar um posicionamento à coluna, que será acrescentado aqui tão logo seja recebido. O complexo emprega 7 mil pessoas, sendo 5 mil metalúrgicos, incluindo as sistemistas, que são as fornecedoras instaladas no empreendimento.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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