O Rio Grande do Sul foi o único Estado a fechar o primeiro trimestre com recuo na economia, pelo monitoramento feito pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS) recuou 0,2% sobre o último trimestre de 2022. Na média do país, houve um avanço de 2,4%. Na sequência, os resultados mais fracos vieram de São Paulo e Rio de Janeiro, que tiveram avanço, mas de apenas 0,1%.
A estiagem que atingiu a safra de verão, com forte impacto na soja, é um dos motivos, alerta o economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank. Aliás, ela ainda pondera que o PIB, indicador oficial da economia, tem mostrado impactos ainda mais negativos na agricultura.
- O Estado teve o pior resultado do país, diferentemente de outros que são produtores de grãos, como Paraná, Goiás e demais da região Centro-Oeste - comenta.
Outro impacto negativo veio da indústria. Em janeiro e fevereiro, o setor gaúcho teve o maior corte de produção do país. Teve férias coletivas da General Motors (GM) e parada de manutenção na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas. Ambas empresas têm forte peso nos indicadores econômicos do Estado. Serviços e varejo seguem com alguns crescimentos, mas ainda oscilando bastante, alternando com retrações.
Em março sobre fevereiro, o IBCRRS trouxe avanço de 0,9%. O indicador é chamado de prévia do PIB.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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