Com a chegada de fevereiro, novos imóveis entraram na lista de venda da Empresa Gestora de Ativos do Governo (EMGEA), que é responsável por cuidar dos bens da União. São 27 lotes no Rio Grande do Sul, entre casas, terrenos e apartamentos, que o governo federal recebeu como pagamento de dívida, ou que foram usados como garantias de contratos de crédito não pagos. O detalhe é que a venda é direta, ou seja, não passa por leilão. Alguns já estão há mais tempo. Outros entraram agora em fevereiro.
O lote com valor mais baixo é uma casa ocupada de dois dormitórios em Guaíba, na Região Metropolitana. Ela entrou na lista de imóveis neste mês, tem 50 metros quadrados, é avaliada em R$ 69.984 e está saindo por R$ 27.555. Ou seja, um deságio de 61% sobre o preço de avaliação.
Os 61%, aliás, são os maiores índices de desconto sobre o preço avaliado nessa rodada de vendas no Estado. Além da unidade de Guaíba, outros dois lotes também estão com esse deságio. Um apartamento ocupado em Pelotas, avaliado em R$ 114,5 mil, é vendido por R$ 45.119. Já uma casa, também ocupada, em Alvorada, cotada em R$ 119 mil, está saindo por R$ 45.891. Essa última já estava nas vendas de janeiro.
Já o item mais caro é um loteamento ocupado em São Leopoldo, com mais de mil metros quadrados, que já segue há alguns ciclos de venda feitos pela EMGEA sem ser vendido. Ele está saindo por R$ 689,3 mil, 7% abaixo do preço de avaliação. Também já na lista há mais meses, há uma casa ocupada com seis dormitórios em Gravataí, vendida a R$ 541.568.
Na Capital, são três imóveis disponíveis. Uma casa ocupada no bairro Teresópolis, uma outra, também ocupada, na Restinga, e um apartamento no bairro Rubem Berta, de um dormitório, vendido por R$ 57.041. É o lote com menor valor em Porto Alegre.
A lista com todos os imóveis pode ser conferida no portal de imóveis da EMGEA. Há bens em Alegrete, Alvorada, Bento Gonçalves, Capão da Canoa, Esteio, Gravataí, Guaíba, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, São Leopoldo, São Sepé, Tapes e Tapera. De acordo com a empresa, por enquanto, os imóveis só podem ser comprados à vista. Ou seja, não há como fazer financiamento imobiliário ou utilizar saldo do FGTS. Quem organiza é a empresa Resale.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br) Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br) Leia aqui outras notícias da coluna