Passada a eleição, o Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, começou a ouvir setores da sociedade sobre suas expectativas para os novos governos federal e estadual. A coluna trará trechos dos que representam áreas econômicas, começando pelo agronegócio. Confira trechos abaixo e a íntegra das entrevistas no final da coluna:
Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Carlos Joel da Silva:
— Eduardo Leite sabe o que acertou e o que ainda falta. Ele colocou "a casa em dia", agora tem recursos para investir. Ele disse que haveria espaço para uma Secretaria Especial da Agricultura Familiar novamente. Esperamos que isso aconteça. O programa que temos para irrigação, para financiamento, é irrisório, com as mesmas taxas de juros lá em cima. Precisa ter uma diretoria específica dentro do Banrisul para que ocorra um fomento real. No governo federal, que pode mais, queremos a volta do Ministério da Agricultura Familiar. Se queremos ser o celeiro de alimentos do mundo, precisamos de investimentos, de fábricas de adubos e fertilizantes aqui.
Presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira:
— Temos enorme preocupação. Partidos de esquerda, historicamente, trazem dificuldades ao setor. O governo Lula, no seu primeiro mandato, até foi razoável com o agronegócio. Houve aumento de investimento no setor. Nós dobramos, inclusive, de cinco para 10 anos os financiamentos para aquisição de máquinas agrícolas. Porém, questões ambientais, de invasão de terras e de quilombolas trazem insegurança jurídica. Eles não aceitam a propriedade privada. Tem hostes do PT falando em criar impostos nas exportações do agronegócio. Aí, caminhamos para uma "argentinização". No Estado, apoiamos o governo Eduardo Leite nos seus quatro anos, em todas as suas pautas, inclusive na reforma tributária.
Ouça as entrevistas na íntegra:
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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