Marca mundial de hotelaria, a Hilton recém chegou ao Rio Grande do Sul e já está em fase de expansão. Depois de assumir o tradicional ponto onde funcionou por 20 anos a bandeira Sheraton no Moinhos de Vento, em Porto Alegre, a rede de hotelaria se prepara para começar a operar, no início do ano que vem, um hotel junto ao complexo Pontal, empreendimento que fica na Capital. Além disso, anunciou a abertura de uma terceira operação no Estado, em Canela, na Serra.
— É um momento bastante especial para o Hilton no Rio Grande do Sul. O Double Tree by Hilton em Canela tem perfil mais voltado para o lazer — disse Leonardo Lido, diretor de desenvolvimento da Hilton no Brasil, em entrevista exclusiva ao programa Acerto de Contas (domingos, na Rádio Gaúcha).
A Hilton funciona no Brasil com gestão de ativos. Ou seja, proprietários chamam a marca para administrar os seus empreendimentos. Isso pode ser feito de maneira direta, como na operação do Moinhos de Vento, ou por modelo de franquia, quando a rede passa o conhecimento e os sistemas para uma equipe própria do franqueado operar, o que será feito nas outras unidades gaúchas.
Em Canela, segundo o sócio Eduardo Tavares, serão 121 quartos e suítes. O empreendimento ficará próximo ao Parque Estadual do Caracol, um dos principais pontos turísticos da cidade. A conclusão da obra está prevista para o início de 2024.
— Canela está se desenvolvendo com grandes projetos. Isto foi o que nos motivou a empreender na cidade e investir cerca de R$ 40 milhões durante a fase de implantação, e depois geraremos renda para mais de 200 pessoas direta e indiretamente — fala Tavares.
Da unidade em obras em Porto Alegre, a conclusão está prevista para o segundo semestre de 2022. De acordo com Lido, serão 141 quartos. O hotel terá piscina, academia, restaurante e serviços integrados ao centro comercial.
Enquanto esses empreendimentos não ficam prontos, a rede segue trabalhando com a sua unidade no Moinhos de Vento. Conforme a coluna noticiou em primeira mão em janeiro, o tradicional ponto, onde funcionou um Sheraton por 20 anos, passou a ser administrado pela Hilton. A transição foi rápida e não precisou paralisar as operações. Os funcionários foram mantidos, mas passaram por novos treinamentos.
— O Hilton Porto Alegre contém 170 quartos, salas de reunião, dois restaurantes - um no térreo e outro em andar mais elevado -, um bar no lobby, uma piscina coberta, uma academia, um spa, e todos serviços que caracteriza um hotel "full service". O processo de Porto Alegre foi bem rápido. Uma transição muito bem coordenada com os proprietários. Tivemos um sucesso, e a integração ao nosso sistema de reserva foi bem rápida, sempre buscando o benefício dos proprietários para que não haja nenhuma interrupção.
Confira a entrevista completa
Como surgiu a oportunidade de vocês entrarem no mercado gaúcho?
Rio Grande do Sul e Porto Alegre sempre estiveram nos nossos planos de expansão. A Hilton está no Brasil há mais de 30 anos e Porto Alegre, como uma das principais capitais da Região Sul, sempre esteve no nosso plano. O nosso modelo de negócio é de operar hotéis em nomes de terceiro, através de modelo de gestão direta da operação com a Hilton, ou através de franquia, onde agregamos a marca e toda transferência de conhecimento. Porto Alegre, sempre estrategicamente buscávamos ter uma operação, e identificamos o potencial no empreendimento já existente, e a negociação se desdobrou junto aos proprietários e chegamos a um acordo para conversão de um hotel existente em um lugar extremamente estratégico e muito bem localizado. Nada melhor para chegar nossa operação no Rio Grande do Sul, do que em uma localização tão privilegiada como Hilton Porto Alegre, no Moinhos de Vento. E como você comentou, meu papel como desenvolvimento é estar antenado às oportunidades, e foi o caso junto aos proprietários do empreendimento do Hilton Porto Alegre. Entramos em negociação, chegamos a um acordo e promovemos a conversão da unidade.
Como foi feita a transição? Qual a estrutura do hotel hoje?
A marca Hilton é full service. Embarca todos os serviços que um hóspede e viajante procura. O Hilton Porto Alegre contém 170 quartos, salas de reunião, dois restaurantes - um no térreo e outro em andar mais elevado -, um bar no lobby, uma piscina coberta, uma academia, um spa, e todos serviços que caracteriza um hotel "full service", serviço de quarto. Sobre a transição, a Hilton mantém já uma estrutura direcionada, um processo estabelecido para quando há conversões. Uma negociação que foi avançando. Nós já identificamos os pontos principais para fazer a transição. Transição de sistemas, o hotel integrou a nossa central de reversas, processos operacionais, que acontecem em um primeiro momento, e intervenções físicas. Como o hotel tem características full-service, a questão da intervenção física é muito mais atualização, que é um processo natural de qualquer ativo mobiliário, e principalmente hotéis, que tem um uso intenso. O processo de Porto Alegre foi bem rápido. Uma transição muito bem coordenada com os proprietários. Tivemos um sucesso, e a integração ao nosso sistema de reserva foi bem rápida, sempre buscando o benefício dos proprietários para que não haja nenhuma interrupção.
Sobre os empregos. Os funcionários que trabalhavam na Sheraton continuaram agora na Hilton?
Em um processo de conversão, um hotel que já está operando passa à gestão da Hilton. Os funcionários também fazem parte dos ativos dos proprietários. Nós apenas fazemos a gestão desses ativos. A estrutura operacional se mantém, mas com uma nova cultura. A gente implementou nossa nova cultura, e esse processo é contínuo. Com a retomada, o setor foi impactado pela pandemia e os quadros já estavam mais enxutos, e agora a gente vê uma retomada. Isso resulta em retomar os quadros que foram impactados pela pandemia. As equipes que estavam operando o hotel passaram por treinamento. E a nossa equipe, que a gente chama de força-tarefa, que em caso de conversão ou abertura de hotel, se aloca em um determinado período de tempo e promove toda essa mudança de cultura e processo.
Conta para gente qual a estrutura da Hilton no Brasil?
A Hilton está no Brasil há muitos anos. Nossa primeira operação foi em São Paulo. Hoje, temos 12 hotéis abertos. Sendo seis deles no modelo franquia, e seis deles no modelo de administração direta com a Hilton. E mantemos mais 10 hotéis que chamamos de pipeline, em fase de planejamento e construção. Temos 18 marcas globalmente, e identificamos potencial para crescimento no Brasil dentro dessas 18 marcas. Nos últimos cinco anos, crescemos. Saímos de dois hotéis para 12.
E os próximos passos para o Rio Grande do Sul?
É um momento bastante especial para Hilton no Rio Grande do Sul. Eu, particularmente, já morei em Porto Alegre, tenho uma ligação com o Estado. É um momento especial porque temos a abertura do Hilton Porto Alegre, em construção o Double Tree by Hilton no Pontal. Devemos abrir nos próximos meses. E anunciamos também o Double Tree by Hilton em Canela. Movimentos estratégicos, com perfil mais voltado para o lazer. E mesmo em Porto Alegre, dois hotéis em posições estratégicas na cidade, promovendo muitas opções aos nossos hóspedes. É um momento especial, com novas aberturas em breve. E, como temos 18 marcas, pela diversidade de perfis de cidades no Estado, continuamos ativamente buscando alternativas para mais operações no Rio Grande do Sul.
Como serão essas unidades no Pontal e Canela?
O Double Tree também é um hotel "full-service", com características próprias. No Pontal, serão 141 quartos. Tem piscina, academia, restaurante. Está integrado ao complexo do Pontal, que mantém outros componentes fora da operação no hotel. E o Double Tree Canela com arquitetura voltada para Serra, outro perfil. São 100 quartos, um lobby multifuncional, um restaurante, uma academia. São essas as características.
E eles serão franquias ou gerenciamento direto?
Esses dois são franquia.
No Pontal, as obras estão avançadas?
Exatamente. Tem todo um complexo junto com os operadores. E operação prevista para começar a funcionar no primeiro trimestre de 2023. As obras avançando em um bom ritmo, sempre mantemos o acompanhamento para planejar as aberturas.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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