Aqui no Rio Grande do Sul, comerciantes não planejam fazer o mesmo que lojistas de São Paulo, que pediram aos shoppings redução temporária de horário de funcionamento alegando falta de trabalhadores com o alto número de positivados. Quando a iniciativa parte do shopping, é mais fácil (ou menos difícil) negociar o aluguel do que quando o varejista toma a decisão individualmente.
À coluna, o presidente do Sindicato dos Lojistas de Porto Alegre, Paulo Roberto Kruse, avisou que, na Capital, não haverá pedido semelhante. Ele acredita que o pior já passou, mas segue preocupado com as próximas datas que podem gerar aglomeração, como ocorreu no Natal e no Ano-Novo.
- Há a preocupação, principalmente dos pequenos lojistas. Com um ou dois funcionários a menos, a abertura fica prejudicada. Mas não pediremos a diminuição de horário dos shoppings aqui. Passaram-se as festas. Agora, nossa preocupação é com o feriado do dia 2 de fevereiro e com o Carnaval. Vamos fazer campanha de conscientização.
Presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Porto Alegre (Sindec), Nilton Neco diz que a entidade contabilizou 1,9 mil positivados, mas acredita que este número seja muito maior. Projeta cerca de 10 mil comerciários com covid-19. Ele insiste que os trabalhadores façam testes após retornar de viagem e antes de voltar ao trabalho.
Presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn reforça o uso de máscaras de qualidade e com eficácia maior, rechaça novo fechamento do comércio e sugere que seja uma atitude individual do lojista que não tem condições de abrir. Enquanto isso, o presidente da Associação Gaúcha do Varejo (AGV), Sérgio Galbinski sugere medidas de contingência aos lojistas com problemas:
- Deslocar colaboradores de uma filial para outra. Contratar alguns funcionários temporários que possam se deslocar para qualquer uma das filiais se alguém faltar, não dar férias agora. Em caso extremo, talvez diminuir horário de atendimento. O importante é manter a loja aberta e com as atividades normais. Em janeiro, normalmente as vendas são menores por causa das férias.
Em sondagem feita para o programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) identificou que o problema de muitos funcionários positivados se concentra em lojas do Litoral. A entidade avalia que é uma proporção pequena de funcionários de redes da Capital e região que conseguem viajar nas festas, evitando, com isso, a exposição.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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