A usina térmica de Uruguaiana está operando na sua total capacidade com gás trazido dos Estados Unidos. A ideia é conseguir o suprimento da Argentina, o que reduziria bastante o custo. Por enquanto, o insumo usado para produção de energia vem liquefeito em navios, sendo, depois, regaseificado. A informação foi dada em audiência da direção da Âmbar, que comprou a termelétrica, no Palácio Piratini, com participação do governador Eduardo Leite e de secretários.
À coluna, o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Reativação da Termo Uruguaiana, deputado Frederico Antunes (PP-RS), disse que os empresários afirmaram que pretendem manter a produção ao longo de 2022. O entendimento é de que o sistema elétrico nacional continuará precisando da geração térmica, apesar de ser mais cara. Desde o final de 2020, o país enfrenta um crise hídrica, que baixou os reservatórios das hidrelétricas.
A produção da usina de Uruguaiana é de 600 megawatts. A retomada da produção aumentou o número de funcionários no local de sete para cem em dois meses. Foi apresentada, também, a possibilidade de a Âmbar assumir a usina de Alegrete, que tem capacidade de 90 megawatts.
Segundo o deputado Frederico Antunes, a empresa também prospecta dois investimentos no Rio Grande do Sul. Um deles é a instalação de usina solar fotovoltaica em Uruguaiana, no terreno da térmica. A empresa tem mesmo apostado nessas duas frentes para, dentro do próprio negócio, acompanhar a transição das fontes de energia. O outro projeto é construir um gasoduto que venha até Porto Alegre. Isso poderia ser feito, acreditam, em parceria com a Compass, a compradora da Sulgás.
A Âmbar comprou a usina de Uruguaiana 10 meses após a norte-americana AES ter vendido a operação para a argentina Saesa. Empresa do Grupo J&F, a Âmbar opera em todo o ciclo energético, da geração à comercialização. A empresa possui a Usina Termelétrica de Cuiabá, 645 quilômetros de gasodutos, duas linhas de transmissão, uma comercializadora de energia e gás natural e uma empresa de gestão e eficiência energética. A marca é da J&F Investimentos. O grupo empresarial tem no portfólio nada menos do que JBS, PicPay, Banco Original, Eldorado Brasil Celulose, Flora Cosméticos e Limpeza e Canal Rural.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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