Particularmente, acho a mesada uma boa ferramenta de educação financeira de crianças. Acredito que o valor deve até contemplar alguns gastos essenciais para que os pequenos tenham noção de que praticamente tudo no dia a dia tem um custo. Deve, ainda, ter um espaço para desejos de compra e uma gordura que estimule economizar dinheiro, tudo proporcional à idade da criança, claro. Para os mais novinhos, ela nem precisa estar vinculada a tarefas domésticas que sejam o "trabalho" que vá gerar a renda.
Agora, um grande erro é usar a mesada como recompensa para coisas que a criança deve fazer independente da remuneração ou então como penalidade em castigos pelo que ela não deveria ter feito. Ou seja, receber o dinheiro não pode estar vinculado a estudar, fazer o tema ou comportar-se. A criança precisa entender que isso não se faz para ter dinheiro como recompensa. Então, os pais precisam buscar outras formas de trabalhar essas questões, não colocando a mesada no meio.
A ideia é a mesma quando falamos de castigo. A criança precisa saber o motivo pelo qual não deve fazer determinada coisa errada. Dá mais trabalho aos pais do que o simples "vou cortar sua mesada". No entanto, o contrário pode provocar um estrago na relação dela com o dinheiro quando for adulta e - o que até acho pior - uma falha no entendimento do motivo pelo qual não deve fazer coisas erradas.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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