Que a conta de luz está subindo sem parar, nós já sabemos e sentimos. Em Porto Alegre, também teve o reajuste das tarifas de água e esgoto residencial. Essas têm sido as duas principais pressões sobre a inflação para o consumidor medida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Só no último mês, a energia ficou 7,7% mais cara para o morador de Porto Alegre, o que é quase a inflação de um ano todo. No caso da taxa de água, o aumento identificado pela pesquisa ficou em 21,42%.
Na esteira dessas elevações, vem a terceira maior pressão sobre a inflação da capital gaúcha: o condomínio. Isso porque energia e água pesam também nessa despesa, que, por sua vez, tem um impacto bastante forte no orçamento das famílias. É o legítimo efeito em cascata que tanto falamos haver na inflação.
Só em 30 dias, o aumento do condomínio foi de 5,56%, o que é mais do que o triplo da inflação do período. Lembrando que os gastos com habitação - que incluem aluguel, condomínio, água, luz, gás, entre outros – têm o maior peso nas despesas dos brasileiros, segundo a pesquisa de orçamento familiar do IBGE.
Com este cenário, podemos ter um aumento na inadimplência dos condomínios, até mesmo porque o orçamento familiar está estrangulado com outros gastos. Os encargos do atraso realmente não são dos mais altos. Mas os demais condôminos acabam tendo de arcar com a divisão da conta não paga até que os débitos se regularizem.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe:
Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Francine Silva (francine.silva@rdgaucha.com.br)
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