"Estamos nos organizando. Ninguém espera por isso", disse o diretor da Florestal Alimentos, Mauricio Weiand, em conversa com a coluna nesta segunda-feira (20) sobre o incêndio que atingiu a fábrica de Lajeado no final de semana. Ele estava no local, mas não pode entrar nos prédios atingidos pelo fogo. Os bombeiros ainda trabalham, segundo ele, porque surgem pequenos focos de fumaça. 

Foi destruído o pavilhão mais antigo da atual estrutura que foi construído no final da década de 70. As chamas também atingiram um prédio anexo de três andares. No local, ficava a linha de produção de balas e pirulitos, mas também eram fabricados insumos para outros produtos. Não houve feridos.  

- Não sabemos a causa porque ainda não é possível entrar no prédio. Mas, como foi de madrugada com a produção parada, acreditamos que seja um curto-circuito.

Segundo Weiand, a fábrica tem seguro e o pavilhão não era o maior da empresa. No entanto, a área afetada respondia por 25% da produção total da Florestal. Será estudada a possibilidade de levar a produção para outros locais. Há estoque para dois meses.

- Isso acontece após quatro meses de recorde no nosso faturamento. Mas, ainda assim, trabalharemos para entregar bons números em 2021. Vai atrapalhar, mas vamos passar por isso, sairemos dessa - disse o diretor, com voz que transparecia o pesar pelo incidente. 

Com 85 anos, a Florestal é uma das maiores fabricantes de alimentos da América do Sul. Além dos doces pelos quais é conhecida, ela comprou duas tradicionais fábricas de chocolate da Serra nos últimos anos: a Planalto e a Caracol. 

Diversos empresários enviaram mensagens à coluna no final de semana lamentando o ocorrido. O Vale do Taquari, especialmente Lajeado, é muito conhecido pela forte presença de indústrias de alimentos e bebidas. 

Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe:
Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Francine Silva (francine.silva@rdgaucha.com.br)
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