O setor de franquias teve comportamentos diferentes nos indicadores em 2020 na região Sul. Houve um aumento de 2,6% no número de unidades, passando para 27.390 operações. Ao mesmo tempo, ocorreu um recuo de 3,6% no faturamento total, que passou para R$ 29,209 bilhões.
Pelo olhar da receita, os segmentos de franquias mostram o que se tem visto na economia no geral com o impacto da pandemia. Os setores que viram o faturamento despencar foram: hotelaria e turismo (-48,6%) e entretenimento e lazer (-39%). Foram negócios duramente afetados pelas medidas restritivas e também pelo medo da contaminação, nos pequenos intervalos de tempo em que puderam funcionar.
Por outro lado, franquias de casa e construção foram o grande destaque positivo, com faturamento 23,5% maior, atingindo R$ 3,523 bilhões. O setor sofreu menos restrições por ser considerado essencial e também surfou na mudança de comportamento do consumidor, que investiu mais no lar. Em segundo lugar, destaque para o segmento de saúde, beleza e bem-estar, que faturou 16,9% mais, superando R$ 6 bilhões em receita.
O recorte regional dos dados de 2020 foi enviado à coluna pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Diretor da Regional Sul da ABF, André Belz avalia os resultados:
- Os juros baixos e uma maior permanência das pessoas em casa foram os impulsionadores que tornaram Casa e Construção um destaque. Pequenos reparos e reformas, antes deixados em segundo plano, tornaram-se prioridade. Já o segmento de Saúde, Beleza e Bem-estar está diretamente relacionado à pandemia, e, com o isolamento social, home office e um número cada vez maior de reuniões virtuais, as pessoas querem aparentar estar bem no vídeo. Vimos o número de procedimentos estéticos, como harmonização facial, implantes e clareamento dentários, botox e preenchimentos disparar - garante o executivo.
Empregos
As franquias fecharam 2020 empregando 215.959 pessoas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. É um número alto, apesar de registrar 5.335 menos empregos do que no ano anterior. A queda mais forte no número de vagas foi no segmento de entretenimento e lazer (-40,2%). Por outro lado, o maior crescimento de vagas ocorreu nas franquias de limpeza e conservação (+43,7%), o que realmente exigiu mais mão de obra com a necessidade extra de higienização criada na pandemia.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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