Beleza e bem-estar têm atraído alunos que ingressam no Ensino Superior, mostra pesquisa da plataforma Quero Bolsa, que oferece bolsas de estudo. Cursos que permitem a atuação do futuro profissional no segmento de estética viram o número de novos alunos mais do que dobrar na comparação entre 2010 e 2017. No mesmo período, o ingresso de alunos nos primeiros anos das faculdades e universidades brasileiras cresceu quase 16%.
Um recorte regional foi feito pelo Quero Bolsa para a coluna Acerto de Contas, que identificou o mesmo fenômeno no Rio Grande do Sul. No Estado, entre 2010 e 2017, o ingresso de alunos cresceu 131% em biomedicina e 311% em estética.
No início da década, 473 pessoas iniciaram o curso de biomedicina e 255 se matricularam no primeiro ano do curso e estética. Em 2017, foram 1.095 e 1.049 ingressos, respectivamente.
— Temos notado, no nosso site, o crescimento na busca tanto no grau de bacharelado quanto no de tecnologia. Até mesmo a frente de carreiras como engenharia civil, veterinária e arquitetura — conta Pedro Balerine, diretor de Inteligência Educacional do Quero Bolsa.
O Quero Bolsa usou a base de dados do Censo da Educação Superior. Das 35 habilitações possíveis na Biomedicina, a Estética é uma das mais recentes.
— A expansão do setor de beleza, a possibilidade de ser o responsável técnico pelo funcionamento de clínicas de beleza e, principalmente, pela autorização de atuar em um campo até muito recentemente restrito a médicos são atrativos importantes — comenta Balerine.
O Conselho Federal de Biomedicina aprovou em 2012 uma normativa que elenca procedimentos invasivos não cirúrgicos que podem ser realizados por biomédicos. Entre eles, aplicação de botox, carboxiterapia, preenchimentos e peeling.
Já o curso de Estética forma profissionais para atuarem no tratamento e no embelezamento da pele, corpo e cabelo, mas que não podem praticar procedimentos invasivos nos pacientes. O curso é mais curto.